O STJ deve mesmo afastar o governador Wilson Witzel. A medida, solicitada pela PGR, tem caráter cautelar e visa a evitar destruição de provas e coação de testemunhas. A informação é de uma fonte com acesso a ministros da Corte.
O Ministério Público Federal não teria solicitado a prisão do governador, razão pela qual não estariam programadas operações policiais. O afastamento provisório dar-se-ia por prazo indeterminado, enquanto durarem as investigações do inquérito.
Wilson Witzel poderia voltar ao cargo após o oferecimento da denúncia, embora esta possibilidade seja pouquíssimo provável.
O afastamento temporário do governador não impede o prosseguimento do processo de impeachment. A ação em curso na Alerj só perderia o objeto se o afastamento tivesse caráter definitivo.
A fundamentação do pedido de afastamento do governador foi elaborada pela sub-procuradora geral da república, Lindôra Araújo, braço direito do procurador-geral Augusto Aras. Foram colhidos elementos probatórios na operação de busca e apreensão realizada nos palácios Guanabara e Laranjeiras, e através de depoimentos de testemunhas ocorridos nos últimos dias.
Também contribuiu para embasar o pedido de afastamento o conteúdo explosivo da delação do ex-secretário Edmar Santos, que envolveu Wilson Witzel de modo direto em praticas criminosas nas contratações durante a pandemia. Daí a convicção, firmada por Lindora Araujo, de que o governador ocupa o vértice da pirâmide de uma organização criminosa.
Esta é a situação de Wilson Witzel às 21h30h desta terça-feira. Segundo ainda a fonte, há pouquíssima possibilidade de se alterar.
Fonte: Site Agenda do Poder